17 dezembro 2010

Mensagem de Natal 2010 do Bispo da Guarda, D. Manuel Felício


"Natal de esperança em tempos de crise"

Vamos celebrar o Natal de 2010, em tempos marcados pela crise, sem fim à vista, e que está a fazer sofrer muitas pessoas.

Não temos a pretensão de identificar todas as causas desta crise, mas não podemos deixar de lembrar as mais visíveis e que estão a pedir mudanças de comportamento corajosas. Entre essas, estão os jogos de interesse que continuam a fazer-se nas costas do povo, envolvendo sobretudo decisões políticas, económicas e financeiras. Estão também as atitudes egoístas de muitos que só procuram defender os seus interesses e do seu grupo, sem respeito pelo bem comum e pelos direitos de todos. Igualmente temos de denunciar a falsidade do princípio, para muitos indiscutível, de que o bem-estar das pessoas coincide com o elevado consumo de bens materiais. Há ainda muita falta de sentido de responsabilidade relativamente ao uso dos recursos materiais que se têm e mesmo que se não têm, o que está a provocar níveis desastrosos de endividamento das pessoas, das famílias e mesmo do país. Acrescem a estas os baixos níveis de educação para a cidadania que nós temos e o facto de as iniciativas de participação no desenvolvimento pelo trabalho não serem elevadas. Lembremos que as nossas escolas ainda conseguem transmitir alguns bons níveis de informação, mas quando se trata de ajudar os alunos a elaborar boas decisões e levarem-nas à prática, com eficácia, revelam muita dificuldade. Por sua vez, o facto de sermos o país da Europa em que a percentagem de jovens licenciados à procura de emprego é das mais elevadas, se não mesmo a mais elevada, não nos ajuda.

E continua a ser verdade que o factor mais decisivo para o desenvolvimento das sociedades são as pessoas, pessoas bem preparadas e com carácter, capazes de estabelecerem objectivos bem definidos e procurarem os meios indispensáveis para os atingir, incluindo a capacidade de sacrifício.

Preocupa-nos que seja alto e em crescendo o número de pessoas que estão fora do trabalho. Isto porque o trabalho, mais do que um meio de produção material, é o lugar por excelência da realização de cada pessoa e da sua integração na vida da sociedade.

Temos conhecimento do grande número de pessoas que passam necessidade e não têm os bens considerados essenciais.

De olhos postos no Presépio de Belém e no Menino Jesus, rosto visível de Deus que, sendo rico, Se fez pobre para nos ajudar a combater todas as formas de pobreza, queremos estar ao lado dessas pessoas.

E sentimos que hoje há novas formas de pobreza e também novos pobres, devido às mudanças rápidas da situação social introduzidas pela crise que continua a afectar-nos e de que maneira.

Para pormos em prática as lições do Presépio, queremos, neste Natal, como cristãos e discípulos do Menino de Belém:

Procurar conhecer melhor a situação real das pessoas que precisam, sobretudo através da relação de proximidade com elas;

Que, em cada Paróquia e em cada povoação ou bairro, haja grupos paroquiais de acção social, para exercerem a prática da proximidade e da caridade;

Conhecer e identificar bem as situações de pobreza mais gritantes, nos nossos meios, para, umas vezes, directamente, outras vezes recorrendo a instituições, como é o caso do Fundo Social Solidário recentemente criado pela Conferência Episcopal, lhes podermos dar resposta pronta;

Queremos, finalmente, marcar a nossa atenção de caridade para com os outros, partilhando do muito ou pouco que temos com os que mais precisam.

Por isso, lembro o pedido que foi dirigido oportunamente aos cristãos portugueses pelo Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social para que doassem, com esta finalidade, 20% do seu vencimento mensal. Este apelo desejo também fazê-lo, neste Natal, aos membros do clero e aos leigos da nossa Diocese e aponto como destino desta entrega a nossa Caritas Diocesana ou o Fundo Social Solidário promovido pela Conferência Episcopal.

Que a luz de Cristo, presente no Coração do Natal, nos ilumine naquelas decisões e naqueles gestos que podem contribuir para encontrar os novos caminhos capazes de dar novos rumos à Sociedade actual e ajudar a superar a crise global que persiste e continua a fazer sofrer muita gente.

Guarda, 15 de Dezembro de 2010

+ Manuel Felício, Bispo da Guarda

12 dezembro 2010

Faleceu D. José Garcia

Bispo emérito de Porto Amélia (Pemba)Moçambique, tinha 97 anos. Missa exequial na Segunda-feira, às 15 horas, em Cucujães, Oliveira de Azeméis

Faleceu ontem, com 97 anos de idade, D. José dos Santos Garcia, bispo emérito de Porto Amélia (Pemba), em Moçambique.

D. José Garcia nasceu na Aldeia do Souto, Covilhã, a 16-04-1913. Foi ordenado presbítero a 25.07.1938. Tendo sido nomeado bispo de Porto Amélia (Pemba), em Moçambique, foi ordenado Bispo, em Nampula, a 16.06.1957.

A Missa exequial tem lugar na Segunda-feira, dia 13, às 15 horas, na Igreja Paroquial de Cucujães, Oliveira de Azeméis, que fica ao lado do Seminário das Missões.

No passado dia 12 de Maio, o falecido bispo participou nas Vésperas com Bento XVI tento oportunidade de o saudar pessoalmente e de receber a sua bênção no fim a celebração na Igreja da Santíssima Trindade, Fátima.

D. José Garcia esteve nestes últimos dias no Seminário da Imaculada Conceição da Guarda tendo sido levado para Cucujães nas últimas horas da sua vida.

Em 2007, por ocasião das suas bodas de ouro episcopais, o prelado foi entrevistado pela Agência ECCLESIA, tendo passado em revista uma vida ao serviço da Igreja.

D. José dos Santos Garcia trabalhou, enquanto jovem padre, nos seminários de Portugal. Foi enviad, em 1955, para Moçambique, onde cheguou a 31 de Dezembro.

Na antiga colónia portuguesa foi um grande obreiro da «Missão do Mutuáli», Diocese de Nampula, onde construiu a Igreja, internatos masculino e feminino e centro de saúde.

D. José recordava-se que foi professor dos "primeiros padres nativos daquele país". E acentuou: "a «Missão de Mutuáli» foi classificada, por dois inspectores, como a mais pobre de Moçambique".

Nomeado Bispo de Porto Amélia, hoje Pemba, em 1957, promoveu uma pastoral planeada em que eram prioridades a formação do clero, dos leigos e de religiosas moçambicanas. Para isso criou os Seminários, a Escola de Professores Catequistas e a primeira congregação religiosa de Moçambique, Filhas do Coração Imaculado de Maria. "Recordo com saudade aqueles tempos" - afirmou o prelado.

Promoveu a evangelização e dotou as missões de esmerada estrutura. Sofreu com a divisão da sua diocese nos tempos da luta pela independência quando não podia visitar todos os cristãos.

Voltando a Portugal em 1974, colaborou com a Diocese da Guarda naquilo que lhe foi pedido e ele faz questão de destacar as "aulas de missionologia aos seminaristas". Veio "muito doente de África" e "ajudava naquilo que podia".

Depois dos 85 anos dedicou-se a reformar a Igreja e as capelas da sua terra natal, Aldeia do Souto e a escrever livros: «Alicerce e Construção duma Igreja Africana»; «Diário do Mutuáli»; «Evangelização de Cabo Delgado» e «Notas para a História da Paróquia de Aldeia do Souto».

Este dois últimos foram oferecidos aos amigos no dia da festa dos 90 anos. Além de reflexões pessoais, os três primeiros são documentos para história da Igreja em Moçambique.

Em Outubro de 2006, nas celebrações do dia da cidade da Covilhã, a edilidade local concedeu-lhe a medalha de ouro da cidade. Homenagens justas ao «homem das longas barbas brancas» que deixou saudades em terras africanas.

in Agência ecclesia

11 dezembro 2010

Terceira Semana do ADVENTO 2010


Tende coragem, não temais:

Aí está o vosso Deus. Ele próprio vem salvar-vos.

Esperai com paciência a vinda do Senhor.

Fortalecei os vossos corações.

Tomai como modelo os profetas

que falaram em nome do Senhor.

Os cegos vêem, os coxos andam,

os leprosos são curados, os surdos ouvem,

os mortos ressuscitam,

os pecadores arrependem-se,

os pobres acolhem o Evangelho,

os pacificadores conseguem acordos,

os mensageiros preparam caminhos novos.


Vem, Senhor, oh! Vem Senhor, vem, ó Jesus, vem!

Vem reinar no meu coração, vem, ó Jesus, vem! (2x)


E com estas mãos irás Tu comigo. - Vem, ó Jesus, vem!

E com estes pés eu irei contigo. - Vem, ó Jesus, vem!

03 dezembro 2010

Segunda semana do ADVENTO 2010


O Deus do amor e da esperança

abre caminhos de paz e de justiça

no futuro incerto da nossa Terra.

Do velho tronco da Humanidade,

Ele faz sair um ramo novo.

O Senhor quer dar-nos o seu Espírito

de sabedoria e de inteligência, de conselho e de fortaleza,

de conhecimento e de temor de Deus, de justiça e de lealdade.

Senhor, nosso Pai, que nas Escrituras Vos revelais

como Deus da paciência e da consolação,

alimentai em nós os mesmos sentimentos,

para que, numa só alma e numa só voz,

glorifiquemos a vossa fidelidade como o pai Abraão

e Vos anunciemos como o vosso precursor João Baptista.


Vem, Senhor, oh! Vem Senhor, vem, ó Jesus, vem!

Vem reinar no meu coração, vem, ó Jesus, vem! (2x)


Ao ver as mãos, gosto de as dar. - Vem, ó Jesus, vem!

E aos meus irmãos eu vou ajudar. - Vem, ó Jesus, vem!

Retiro do Advento 2010

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30 novembro 2010

Primeira semana do ADVENTO 2010


Senhor, acendemos esta luz,

como aquele que acende a sua lâmpada

para ir ao encontro do amigo que está para chegar.

Nesta primeira semana do Advento

queremos estar preparados

para receber-Te com alegria.

Estamos envolvidos por muitas sombras, dramas e problemas.

Muitas coisas nos fazem estar adormecidos.

Mas aqui fica o nosso propósito de estarmos atentos e vigilantes,

porque Tu nos trazes a claridade da Tua luz,

a paz mais profunda e a alegria mais verdadeira.

VEM, SENHOR JESUS! VEM!...


Vem, Senhor, oh! Vem Senhor, vem, ó Jesus, vem!

Vem reinar no meu coração, vem, ó Jesus, vem! (2x)

Calendário do percurso dos símbolos para a Transcrição do Evangelho de S. Mateus

1.º Amoreira do Côa: 25 Novembro (17horas) até 09 Dezembro (12horas)

2.º Parada: 09 Dezembro (17horas) até 23 Dezembro (12horas)

3.º Castanheira: 23 Dezembro (17horas) até 6 Janeiro (12horas)

4.º Cabreira do Côa: 06 Janeiro (17horas) até 20 Janeiro (12horas)

5.º Cerdeira do Côa: 20 Janeiro (17horas) até 03 Fevereiro (12horas)

6.º Vila Fernando: 03 Fevereiro (17horas) até 17 Fevereiro (12horas)

7.º Pousade: 17 Fevereiro (17horas) até 03 Março (12horas)

8.º Albardo: 03 Março (17horas) até 17 Março (12horas)

9.º Seixo do Côa: 17 Março (17horas) até 31 Março (12horas)

10.º Ade: 31 Março (17horas) até 14 Abril (12horas)

11.º Rochoso: 14 Abril (17horas) até 28 Abril (12horas)

12.º Vila Garcia: 28 Abril (17horas) até 12 Maio (12horas)

13.º Porto de Ovelha: 12 Maio (17horas) até 26 Maio (12horas)

14.º Adão: 26 Maio (17horas) até 9 Junho (12horas)

15.º Marmeleiro: 9 Junho (17horas) até 23 Junho (12horas)

16.º Casal de Cinza: 23 Junho (17horas) até 7 Julho (12horas)

Colégio da Cerdeira 7 Julho até 31 Julho

Colégio do Rochoso 1 Agosto a 31 Agosto

17.º Monteperobolso: 1 Setembro (17horas) até 15 Setembro (12horas)

18.º Monte Margarida: 15 Setembro (17horas) até 29 Setembro (12horas)

19.º Mesquitela: 29 Setembro (17horas) a 13 de Outubro (12horas)

20.º Miuzela: 13 Outubro (17horas) a 27 Outubro (12horas)

21.º Valongo: 27 Outubro (17horas) a 10 Novembro (12horas)

Rochoso: 10 Novembro a 20 Novembro (Celebração Arciprestal – S. Marcos)