09 julho 2009

Peregrinação Diocesana a Fátima 2009



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04 julho 2009

Normas Pastorais para a Celebração das Exéquias



Comunidades cristãs do Arciprestado do Rochoso


No momento em que algum dos nossos familiares e amigos parte para a eternidade,

muitas vezes não temos grande ocasião de pensar,

e por isso vale a pena ter bem esclarecidos alguns promenores.


1. Lugar da celebração

O espaço próprio da celebração das exéquias com Eucaristia é a Igreja Paroquial.

Ninguém deve estranhar que seja a Igreja Paroquial,

pois as capelas tornam-se demasiado pequenas

para acomodar todos os que acorrem à celebração

e que devem participar activa e dignamente nas celebrações.

A excepção só se verificará nas anexas que têm cemitério próprio.


2. Ofício de Defuntos

Para além da Eucaristia existem outras celebrações litúrgicas que podem ser feitas,

como por exemplo o Ofício de Defuntos.

Nas diferentes alturas do dia (Laudes de manhã e Vésperas de tarde), a

Liturgia das Horas ajuda também na oração por toda a Igreja e pelo irmão que faleceu.


3. O canto

O canto também faz parte da nossa acção de graças a Deus

pelo dom da vida do Seu Filho, de todos nós e também do irmão que parte.

Por isso , ninguém deverá estranhar o canto num funeral cristão.

Estranhar será não o fazer.

Cantar ajuda a louvar a Deus, é manifestação da nossa Esperança

e até mesmo um alívio para a dor.


4. Ambiente na Igreja

Durante a celebração da Eucaristia Exequial
o caixão deve permanecer fechado
:
por razões de higiene e saúde; de espaço, em muitos casos;
de maior atenção à Eucaristia e ao altar;
para, logo após a Missa, seguirmos com o funeral
e continuarmos a oração e o canto até ao cemitério.
Junto do lugar onde está depositado o corpo
coloque-se de preferência, se existir, o círio pascal
– sinal da Páscoa de Cristo
.
A transferência do corpo das capelas para a Igreja paroquial
deve ser efectuada com a conveniente antecedência
para que há hora marcada para a celebração das Exéquias
(Eucaristia ou Celebração da Palavra) possam ser iniciadas
em tranquilidade e em clima de oração,
permanecendo-se assim antes, durante
e depois da acção litúrgica.


5. As flores

No momento em que se prepara e decorre a celebração da Eucaristia

deve existir um simples e belo arranjo floral – e não flores “a monte”.

Até para não haver “distinção” social das pessoas.

Há Igrejas onde a grande afluência de pessoas

faz com que o espaço seja mais reduzido

e o pólen possa incomodar algumas pessoas.

Alguns dos ramos devem permanecer guardados noutro local ou na carrinha funerária.

O seu exagero e ausência quase podem ser interpretados como sinais de pouca fé.

Quem crê e se assume como cristão sabe que mais do que o gesto exterior das flores,

a melhor maneira de ajudar os falecidos passa pelo bem que fazemos;

pela nossa oração mais intensa; pela nossa conversão e crescimento na fé;

pela nossa comunhão Eucarística e pela caridade fraterna.

(obs: Há terras onde, em vez de flores,

muitos amigos oferecem uma importância em dinheiro,

para ser aplicada em Missas, em esmolas…

É menos visível… "mas o Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa”.

Pode ser mais uma alternativa!)


6. Despedida, oração e ambiente no cemitério

Após a última encomendação, na igreja, são de evitar, habitualmente,
palavras de memória e homenagem da família.
A emoção e a força do sentimento, em geral,
não nos deixam com a conveniente lucidez e calma
para falar com dignidade e coerência.
A caminho do cemitério a oração e o canto
testemunham a nossa fé na Vida eterna.
De preferência à frente da carrinha, para rezarmos juntos.
A despedida final no cemitério deve ser feita depois da oração final.
Procuremos terminar primeiro a oração pelo irmão que sepultamos,
antes de visitar outras campas.

É dever de todos os presentes deixar a família em sossego

para em paz fazer a despedida do seu ente querido,

criando assim um ambiente de recolhimento

e não de cumprimentos e de espectáculo.


7. Missas e Acompanhamentos

É um dever de gratidão e caridade continuar a lembrar os nossos
falecidos na oração: seja na oração diária seja em datas mais comemorativas e específicas

(7º dia, 30º dia, aniversário,...) São datas significativas para nós,

não tanto para os nossos falecidos, que já não vivem no tempo de calendário.

São datas de conveniência e tradição para nós

os aniversários semanais, mensais ou anuais,

para melhor recordarmos os nossos defuntos,

para os sufragar a eles e pedir-lhes que eles intercedam por nós.

São um sinal louvável de solidariedade na dor,

e de fé cristã na Vida Eterna, o costume dos "acompanhamentos". S

em sobrevalorizar! Tenhamos presente que o valor espiritual desse gesto

está na oração pelo falecido(a)- e não tanto na mera homenagem/presença.

Além disso, será oportuno "ouvir" a mensagem dos defuntos:

"se vos unis e vindes à missa, por nós, participai e vivei a Eucaristia por vós, enquanto podeis"!


Aprovadas pelo Conselho Pastoral Arciprestal

a 23 de Maio de 2009

na presença de D. Manuel da Rocha Felício,

bispo da Guarda